quarta-feira, 27 de julho de 2016


O CRC/SP com este debate reconhece que a forma como foi imposta a limitação ao Técnico em Contabilidade foi um ledo engano, que o bacharel não pode e não vai fazer tudo o que existe na Contabilidade, já se ouve falar que se o técnico trabalhar nos setores fiscal e de pessoal não tem problema.

Então estamos fragmentando a Contabilidade para permitir a atuação do técnico que existe hoje no mercado, limitamos o mercado de trabalho do técnico ao mesmo tempo em que não sabemos se ele pode continuar exercer a profissão em outros setores mesmo sabendo que o setor contábil não emprega 10% dos profissionais que optam por essa profissão.

Entendo que isso limita a área contábil em apenas a contabilidade escritural, deixando de fora outros setores dentro da Contabilidade e que converge para a atividade contábil, logo teremos o técnicos em escrituração fiscal, técnicos de departamento pessoal para ocupar o espaços deixados pelo extinto técnico em  contabilidade, e pergunto: ai pode? O que aconteceu então?

Aconteceu que agora não existem mais escolas de contabilidade para jovens adolescentes iniciar na profissão, aconteceu que milhares de pessoas que poderiam ter uma iniciação profissional acessível agora tem que fazer faculdade sem condições financeiras para isso, aconteceu que muitas escolas gratuitas que eram mantidas por prefeituras fecharam as portas, e agora temos milhares de jovens sem mais essa opção para exercer sua cidadania.

Não sou contra que o Bacharel em Contabilidade tenha que ter seu registro diferenciado e os privilégios pelos quais lutou e estudou, questiono a forma como foi feita, simplesmente para acabar com uma profissão secular e com um espaço que jamais será suprido sem consequências danosas  e a principal delas é entregar nossas atividades a outras profissões.
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